quarta-feira, 29 de maio de 2013

O pilates é um bom exercício para a gravidez?

Afinal, o que é pilates?
O pilates é uma atividade física que combina flexibilidade, força, consciência corporal, relaxamento e respiração. Os exercícios são baseados em movimentos feitos ao mesmo tempo em que se contraem o abdome e os músculos do assoalho pélvico (área entre as pernas, a partir do osso púbico na frente até a base da espinha nas costas), região conhecida nesta prática como "core".
Como a gravidez afeta os músculos abdominais e do assoalho pélvico?
Durante a gestação, os músculos abdominais se distendem para acomodar o crescimento do bebê e, por causa disso, podem ficar enfraquecidos. Os músculos do assoalho pélvico também sofrem grande pressão e tendem a se alongar e a se movimentar mais para baixo da bacia. Como consequência disso, fica muitas vezes difícil contrair esses músculos e segurar a essa contração por algum tempo.

Se os músculos pélvicos ficam fracos demais, algumas mulheres têm problemas com escapes de urina ao tossir, espirrar e dar risada. No caso da musculatura abdominal, pode haver dor nas costas ou na região pélvica.

O pilates é um bom exercício para a gravidez?
Sim, porque se concentra nos músculos abdominais e do assoalho pélvico, os quais tendem a se enfraquecer durante a gestação.

Outa vantagem é que muitos exercícios do pilates são feitos "de quatro" (quatro apoios: os dois joelhos e as duas mãos, ou cotovelos), uma posição que ajuda a aliviar a pressão sobre as costas e a bacia, além de ser ótima para auxiliar os bebês a se movimentar na direção certa para a hora do parto.

Posso fazer aulas de pilates mesmo grávida?
Alguns médicos não recomendam que se comece a fazer pilates justamente na época da gravidez. Se você já praticava a modalidade, provavelmente poderá continuar, mas consulte antes o seu obstetra e converse com o professor para avisar que está grávida.

Para quem está pensando em começar, há especialistas que recomendam que a atividade só seja iniciada no segundo trimestre. De qualquer forma, antes de pensar no assunto, veja se consegue fazer uma contração forte do assoalho pélvico: aperte os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse tentando segurar o xixi, por ao menos 10 segundos. Se não conseguir manter esse tipo de contração, então é melhor não optar pelo pilates, porque você poderá sobrecarregar demais suas articulações e ligamentos durante os exercícios.
Outras maneira de testar os músculos mais exigidos pelo pilates é:

• Fique de quatro, apoiando-se nas mãos e joelhos e alinhando o máximo possível as costas, paralelas ao chão, para que não fiquem arqueadas.

• Inspire e, à medida que expirar, faça um exercício para o assoalho pélvico ao mesmo tempo em que puxa o umbigo para dentro, em direção às costas, e para cima. Tente manter a contração por 10 segundos sem deixar de respirar e sem mexer as costas. Relaxe os músculos vagarosamente ao final do exercício.

Se conseguir fazer esse movimento com facilidade e repeti-lo por 10 vezes, então fique tranquila de que seus músculos do assoalho pélvico e abdominais estão trabalhando bem.

Mesmo que você ache o exercício descrito acima fácil, talvez não tenha tanta facilidade numa aula de pilates de verdade. Até para as seguidoras mais assíduas do pilates, a gestação traz mudanças no corpo que dificultam as contrações dos músculos pélvicos e abdominais, por isso não force a barra só por se achar "experiente" no assunto.

Algumas posições, como as de bruços ou deitada com a barriga para cima, não são recomendadas a partir do meio da gestação. O melhor é tentar encontrar uma aula voltada para grávidas, assim o instrutor saberá exatamente o que deve ou não fazer. Se não conseguir, pergunte ao professor se ele tem experiência em trabalhar com gestantes -- isso é muito importante para evitar que você ou o bebê possam vir a ter qualquer problema.

Há como saber se estou exagerando nos exercícios? Pare imediatamente de se exercitar e procure ajuda médica se tiver qualquer um dos seguintes sintomas:

• sangramento vaginal
• visão embaçada
• náusea
• tontura
• sensação de desmaio
• falta de ar
• palpitações
• aumento do inchaço nas mãos, pés e tornozelos
• forte dor no abdome ou no peito
• perda de líquido pela vagina
• mal-estar

Confie no seu instinto, que costuma estar bem afinado na gestação – se achar que uma atividade não é boa para você, não faça. O contrário também costuma ser verdadeiro.
fonte:babycenter

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